A Reserva Natural Florestal Mbaracayú é representativa de dois ecossistemas de alta prioridade de conservação: a Mata Atlântica do Alto Paraná (BAAPA) e o Cerrado. Está localizada no Departamento de Canindeyú e é a área protegida mais bem administrada do Paraguai, onde são conservadas diversas espécies endêmicas e ameaçadas.
A Reserva Natural Florestal Mbaracayú (RNBM) foi criada pela Lei Nacional nº 112/91 em 27 de junho de 1991, tornando-se assim a primeira reserva privada do Paraguai.
Possui 64.406 hectares e é a área núcleo da Reserva da Biosfera Florestal Mbaracayú (RBBM), localizada a nordeste da região Leste do Paraguai, no Departamento de Canindeyú, Paraguai.
De acordo com a classificação ecorregional proposta pelo Ministério do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (MADES) em 2015, o RNBM está localizado em uma área de transição entre as ecorregiões da Mata Atlântica do Alto Paraná e do Cerrado. E desde a resolução de 2013, faz parte da ecorregião chamada Selva Central.
Toda a RNBM está localizada na bacia do rio Jejuí, segundo maior afluente interno do rio Paraguai, no Paraguai. Este último, por sua vez, integra a Bacia do Rio da Prata.
Entre pteridófitas (samambaias) e fanerógamas (plantas superiores)
62 espécies endêmicas da Mata Atlântica do Alto Paraná – BAAPA
Dentro da Reserva Natural Florestal Mbaracayú foram identificadas 19 comunidades naturais, incluindo: florestas de altura e estrutura variáveis, campos fechados, estuários, lagoas, pastagens, cavernas, rios e nascentes.
Estes ecossistemas apresentam uma grande diversidade de espécies animais e vegetais, tendo sido registadas até à data: 1.269 espécies de plantas, incluindo pteridófitas (samambaias) e fanerógamas (plantas superiores), 93 espécies de mamíferos, 440 espécies de aves (62 espécies endémicas do Mata Atlântica do Alto Paraná – BAAPA), 27 espécies de anfíbios, 35 de répteis, 1.145 de insetos e 64 de peixes. Em comparação com outras áreas de tamanho semelhante no Paraguai, a RNBM é o local com maior número de espécies ameaçadas (30).
A FMB administra a área protegida sob sua administração de forma perpétua por meio de um esquema altamente participativo, em que os planos de manejo são desenvolvidos em reuniões com as comunidades locais, e recorrendo não apenas à ciência, mas a outros setores como educação, iniciativa privada e produção sustentável, alcançar um equilíbrio harmonioso entre conservação e desenvolvimento.
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